colaborações publicadas
Há bem pouco tempo foi decretada, subliminarmente, a morte do cancionista no Brasil. Para ser mais preciso, quem morria não era o autor, mas o estilo-canção. Como a sensação do tempo é cada vez mais difusa, e as sentenças cada vez mais frágeis, o mensageiro do aviso hoje sobe ao palco e, num “ponto alto†do seu show, é o que se sabe, cita um jovem compositor cujo estilo...
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Lançamento do livro-CD Retruque/Retoque, parceria do poeta Paulo Vieira e do compositor Henry Burnett com participação de Sidnei de Oliveira.
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Poema do filósofo F. Nietzsche em tradução do poeta Rubens Rodrigues Torres Filho. A canção faz parte da trilha sonora de um documentário em fase de produção sobre a vida e a obra do poeta e tradutor.
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Há alguns meses postei aqui uma versão prévia de uma das faixas do meu CD Não Para Magoar, "Melancolia". O CD foi lançado em outubro, no Projeto Prata da Casa, do SESC Pompéia, em São Paulo.
Aqui a versão definitiva da canção.
Vejo a noite enfim
a mesma dor arrastada
sei já é madrugada
doem os olhos em mim.
Cai o céu no mar
o velho cais despertando
outra...
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Hoje é um dia de polêmicas na esfera da música brasileira. A entrevista de Lobão para a Folha é recheada de mea culpa, conversa mole e desculpas esfarrapadas disfarçadas de teoria. A verdade é mais simples, e dispensa maiores argumentos: Lobão cansou da luta revolucionária, ou então endoidou, e agora acha que os "novos" executivos da SonyBMG são mecenas da grande arte:...
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Mudei para São Paulo há pouco mais de uma semana. Cidade que eu temia e que hoje me acolhe em silêncio, com uma promessa de permanência que deve me manter aqui por muitos anos. Em meio às descobertas iniciais, algumas caminhadas a esmo pelas ruas do bairro, novos sotaques, novas comidas, reencontro, num programa da TV Cultura, um artista chamado Rolando Boldrin. Reencontro...
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Lançado dia 31.10 no SESC Pompéia, o CD "Não Para Magoar", do compositor paraense Henry Burnett. Melancolia é uma das faixas do disco.
Vejo a noite enfim
a mesma dor arrastada
sei já é madrugada
doem os olhos em mim.
Cai o céu no mar
o velho cais despertando
outra mulher amando
inda que nela a pensar.
Virgem, que será?
oh! santa louca.
Quem ver verá
minha...
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Depois do lançamento oficial no SESC Pompéia, em São Paulo, Henry Burnett apresenta o CD "Não Para Magoar" em sua cidade natal.
Em texto publicado na revista Carta Capital n° 418, o crÃtico Pedro Alexandre Sanches escreveu:
“O independente Não para Magoar apresenta a figura Ãmpar de Henry Burnett, cantor e compositor paraense radicado entre São Paulo e Rio, mas...
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PRATA DA CASA
Projeto que abre espaço a novos grupos e artistas. Conta com a apreciação de um crÃtico musical que seleciona os participantes a partir da qualidade e repertório, diferenciando o PRATA DA CASA de projetos similares.
Henry Burnett
Paraense estabelecido no Rio de Janeiro, Henry Burnett aposta com paixão na tradição musical, melódica e poética da música...
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Se você um dia subir o Morro do Querosene, no bairro do Butantã, em São Paulo, em uma das três festas anuais de Bumba-Meu-Boi organizadas pela comunidade maranhense que vive lá, vai entender imediatamente porque São Paulo é a única cidade brasileira que pode ser chamada de cosmopolita – no sentido forte do termo. Para grande parte dos paulistanos, o Maranhão pode mesmo...
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Na sexta-feira 05 de maio, nesta igreja, chamada St. Burchardi, em Halberstadt, na região da saxônia alemã, aconteceu uma leve mudança de um acorde numa peça estimada para durar 639 anos. Sim, mais de seis séculos! Composta por John Cage, chama-se “As slow as possibleâ€, literalmente “Tão lento quanto possÃvelâ€. Para além do absurdo aparente, o projeto é muito real.
John...
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Minha primeira lembrança musical consciente foi um rádio-gravador que ganhei de minha mãe junto com duas fitas, uma de Erasmo e outra de Roberto Carlos. Graças a esse rádio e a uns tios cheguei à MPB. Muitos anos depois, lancei meu primeiro, por enquanto único e certamente equivocado CD inteiramente - achava eu - dedicado à bossa nova; estranheza geral da parte dos músicos,...
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NOITE DE SÃO JOÃO
Dia de alegria no ar
Noite de fogueira virá
Viva São João, brasas pelo chão
Versos de saudade
Vivo na cidade sem par
Noite de tristeza no ar
Hora de lembrar de cantar
Canto a São João, desespero não
Fico na vontade
Acendo a fogueira no olhar
São João
Vem me visitar
São João
Vem me ver chorar.
Nota: essa canção foi composta...
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Esse pequeno texto foi postado na coluna "Biblioteca Básica", da Folha de São Paulo. Trata-se de um comentário de Carlos Rennó a um livro de Augusto de Campos; transcrevo e faço um comentário em seguida:
São Paulo, domingo, 07 de agosto de 2005
Biblioteca básica
"Mais Provençais"
CARLOS RENNÓ
ESPECIAL PARA A FOLHA
"Sou um leitor sobretudo de livros de ou sobre...
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"Vejo a noite enfim
a mesma dor arrastada
sei já é madrugada
doem os olhos em mim.
Cai o céu no mar
o velho cais despertando
outra mulher amando
inda que nela a pensar.
Virgem, que será?
oh! santa louca.
Quem ver verá
minha velha noiva.
Vou correr sem chão
e dedicar a viagem
aos homens do sertão
onde a saudade é visagem.
Entregar a Deus
o sem-saber...
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Há algumas semanas, fui ao Canecão assistir a Orquestra Petrobras Sinfônica regida por Wagner Tiso e Carlos Prazeres, com Lenine, Dominguinhos, Jacques Ghestem (trombone) e NaÃlson Simões (trompete) como convidados. Na verdade, o encontro da orquestra com os compositores faz parte de uma série chamada MPB&Jazz, dirigida por Wagner Tiso.
Cheguei uma hora antes e só consegui...
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Acerca da pré-história da modernidade muito ensinaria a análise da mudança de significado sofrida pela palavra sensação (...). Ela se transformou no grande desconhecido e, finalmente, na excitação maciça, na embriaguez destrutiva, no choque como bem de consumo. Ser ainda capaz de perceber alguma coisa, sem se preocupar com a qualidade, substitui a felicidade porque a onipotente...
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Como voltei a escrever aqui [no meu blog] muito por causa do Pedro Alexandre Sanches, nada mal que eu comece postando um comentário justo a um texto seu, "A música fora do eixo" (Carta Capital n° 380). Ele trata na matéria da produção musical das periferias brasileiras - "geográficas e econômicas" - e da sua capacidade de distribuição independente das grandes gravadoras....
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Coincidência ou não, o texto desta semana no blog do Pedro Sanches é uma “resposta†ao meu comentário sobre a matéria que ele escreveu citando os tecnobregueiros (a palavra não existe no novo Houaiss, mas é de uso corrente em Belém!), meus conterrâneos, do Pará. Jogo duro (leiam!). Ele considera – se eu entendi bem – o tecnobrega é “filho†do iê-iê-iê de...
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