Noite Desarmônica - Episódio I

Tinha potencial pra ser tudo: um sucesso, um desastre, um show de humor, uma aula de dança, um show de travestis, uma apresentação de pole dance... As possibilidades era inúmeras, mas o bom senso e a criatividade tomaram conta da primeira edição do Desarmônica, novo viral da internet.

O programa, transmitido ao vivo e com alguns (mas apenas alguns) conceitos da TV, foi a diversão dessa quinta-feira a noite. Phyl Martins, personagem da vida real e apresentador do Desarmônica, se vestiu, montou e maquiou. Pronto para o perigo, digo, programa.

Com um conceito intrísseco a cada minuto de transmissão, Desarmônica surgiu como alternativa de entretenimento concentido, leve, inteligente e glamuroso. Trazendo a linguagem audiovisual como principal tema da noite, os videoclipes do cenário independente foram o que deu pano para manga, ou fio para conversa, e por falar nisso, quanta conversa. Foram 80 minutos de transmissão que trouxeram aos espectadores internautas uma mescla de cultura pop, gay, alternativa e independente. Deixando leve qualquer tentativa de julgamento moral.

Para interagir (ainda que não precisasse, depois de todo cenário interativo) os integrantes do Absinto Muito, banda convidada, também participaram de todo programa, comentando junto cada nuance audiovisual e fazendo piada das suas próprias características. Seus clipes foram exibidos e destrinchados em sorrisos, deboches e interjeições, mas também com análises mais críticas que avaliaram o roteiro, a direção e a fotografia. A cineasta e produtora cultural Ana Flávia Amaral também marcou presença, trazendo ao debate um pouco desses conceitos e do lado mais sério para as conversas.

E o que tinha potencial para ser tudo, foi. Foi um sucesso e agora de quinze em quinze dias Phyl Martins estrela na Pós TV com mais um formato de hackear as redes, TVs e memes.